Presentes Escondidos em Lugares Inesperados.

Vento nas árvores

#46

Eu nasci no final dos anos 70.

Na minha opinião, Christopher Reeve é o Superman definitivo, embora eu tenha gostado só dos dois primeiros filmes com ele (os outros dois são patéticos pra dizer o mínimo). Apesar disso, no final dos anos 90 assisti a série ”Lois e Clark: As novas aventuras do Superman” de cabo a rabo e adorei.

Eu nunca gostei de Smalville. Salvo raras exceções, faz uns 20 anos que não tenho saco para séries, filmes e livros protagonizados por adolescentes; e a mistureba de personagens, eventos e lugares da história original nunca me convenceu.

E no entanto, essa série me deu uma coisa importante, um presente.

Um dia – acho que em 2007 – eu estava assistindo TV e coloquei na Warner, pois ia começar um programa que eu queria assistir. Nem lembro qual. Smalville estava terminando; uma cena de casamento. A música que acompanhava o final da cena me cativou imediatamente. Fui correndo catar a música, e descobri uma cantora que me acompanha até hoje: Patty Griffin.

Talvez eu deva explicar que música é uma coisa importante pra mim. Música afeta minhas emoções e minha energia, e mais importante que tudo: me ajuda a me expressar e me sentir melhor quando estou na merda. Quando estou triste, músicas tristes me fazem bem, são como bálsamo para a alma. Suponho que é um tipo de catarse, porque não sou do tipo que se deprime mais ainda ouvindo esse tipo de música nessas circunstâncias; a música triste e melancólica realmente me faz bem.

Uma das músicas melancólicas que mais ouço é da Patty Griffin: ”Useless Desires”. Eu gosto tanto dela e me faz tão bem que um pedaço da letra está lá no header deste blog:

“Para me ajudar a pensar um pouco menos sobre as coisas das quais sinto saudades,
Para me ajudar a não me perguntar como eu acabei assim…”

Outra preferida é ”Don’t Come Easy”.

“Tantas coisas que eu tinha antes, que não me importam agora
Esta noite choro pelo amor que perdi
E pelo amor que nunca encontrei.”

Como eu disse, música triste. Melancólica. Que me faz bem.

A música que descobri em Smalville se chama “Heavenly Day”. Ao contrário das outras, é uma música suave, de alma tranquila. Ela também me faz bem, e ultimamente a tenho ouvido bastante.

Esquecer um pouco dos problemas, deitar sob as árvores e ver o vento nas folhas… Quem dera.

Quem sabe amanhã, quem sabe depois, quem sabe um dia.

Image: Nomadic Lass – CC By-Sa.

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