#43
Saudades do que nem sei o que é
Saudades do que nunca foi.
Saudades vagas, transparentes
Saudades de mim e do que não sou eu.
O que se perdeu
O que nunca existiu.
Momentos afogados no tempo
Tempo tecido e rasgado.
Sonhos estraçalhados
Alma costurada em retalhos
De pedaços perdidos
E melancólica tristeza.
Fios de nuvens
Novelos de chuva
Quietude de folhas
Ventos do que será.
Image: Peter Heilmann – CC By.